quarta-feira, maio 23, 2018

domingo, maio 06, 2018

Ir para a guerra e pensar  não voltar vivo, um pensamento difícil e assustador. O que mais me custou, foi as saídas para o mato, sempre que ia podia estar à espera de encontrar ou não, os guerrilheiros da Frelimo. Também foi muito difícil, a altura dos bombardeamentos, tinha muito medo porque não sabia, quando íamos ser bombardeados com o morteiro, Quando as granadas do morteiro, a cair muito perto de mim, muitas vezes perdia a noção, do tempo, foi muito complicado e assustador. Foi aqui neste lugarejo, que vivi durante 17 longos meses, da minha comissão, afora o destacamento da Miandica, isolado atrás de isolamento, todavia e apesar de  todos os contra tempos, havia sem dúvida, a existência nas a proximidades, de um rio que tinha o nome de (LUNHO). A parada e as picadas  eram em terra batida. Nas imediações da guarnição, numa calmaria, que nos beatificava a alma. O Lunho era um local, indígena à nossa frente, não existia qualquer habitação, nem viva alma em nosso redor. Estávamos rodeados de mato e capim, os Kokuanas que conheciam o mato, e as picadas, a fundo. Surpresos ficamos pelo fornesim  de um aglomerado, de militares em termos demográficos, que sempre correspondiam a qualquer situação. 

Texto de Bernardino Peixoto Soldado Corneteiro 017516/72

Recordações da minha vida Militar.