quinta-feira, março 24, 2016

BERNARDINO PEIXOTO.
NO LUNHO 1972.


2 comentários:

  1. Naquela manhã de domingo o tempo estava quente e tinha chovido uma ou duas horas antes.... Uns escreviam os aerogramas para as "madrinhas" outros discutiam a "bola" e eu regressava do posto do "Pântano" onde tinha olear a Breda.
    Soubemos mais tarde que o homem tinha tirado um curso de "minas e armadilhas na "urss" foi falar com o S.Pedro sem querer.
    Cerca das 11 da manhã uma coluna de fumo elevou-se lá para os lados do ultimo pontão na direção do "bananal".
    Nunca o homem e pensou que um palmo acima da linha d'água estaria um arame de tropeçar e uma "ameixa" na ponta do arame.A ideia era boa . Seguir pelo leito do rio.
    Ficou intacto o pontão nessa manhã e enquanto por lá estivemos.
    Reforçámos a nossa presença enviado mais umas do 81.
    Estávamos no Lunho naquela manhã de meados de 1973.

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  2. Tempo de trovoada mas com a "pêga" na pista e os bolos frescos de Vila Cabral a "debandada" era quase geral para lhe fazer a receção..e só havia recuo quando o capitão ordenava que não queria lá tanta gente junta.
    Fiquei encostado á janela da "cantina" para garantir o pastel de nata e uma "2M" fresquinha garantida pelo Rocha.
    A "Laika" fez-me companhia deitada com o focinho apoiado nas patas da frente e bem esticada na pequena vala escavada pela água do beirado. Dormitava.
    A espera deu para ir observando o que me rodeava naquela tarde tórrida e pacata.
    Um pequeno "carocho" cambaleando vinha pela vala em direção ás patas da cadela. Fixei a cena. O bicharoco não estava para se desviar. "Apalpou" as unhas e de seguida iniciou a subida. A sonolenta abriu um olho e fixou a "presa"...E zás..assim que o intruso chegou ao alcance da mandibula.
    Ainda hoje recordo a cena hilariante. A cadela subiu do chão como impulsionada por uma mola... largou a carocho mais rápido que o tinha engolido que impávido e sereno continuou a sua marcha. A Laika ladrava e rodopiava furiosamente a um palmo do desengonçado. Da boca saía espuma como se tivesse engolido sabão e eu ria até ás lágrimas encostado a um dos barrotes que suportava o telhado.
    Foi um momento divertido aquela tarde no Lunho num dia de 1973.

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